VAGO

O nada existe

Eu o tenho em minhas mãos

Vazio das caricias adormecidas

que nunca lhe dei

A sombra dela me acompanha

Dança silenciosa

No rosto sombrio das águas

Nos caminhos das estrelas

No lago que contemplo,

As águas do lago são tão calmas

Aguardam a vertigem do vento

Para desenhar as paisagens movediças

Da tua face,

Onde procuro me ocultar

Para ver-te

Para diluir-me

No silencio dos teus lábios.

Celio Govedice
Enviado por Celio Govedice em 28/07/2012
Código do texto: T3801130
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