VAGO
O nada existe
Eu o tenho em minhas mãos
Vazio das caricias adormecidas
que nunca lhe dei
A sombra dela me acompanha
Dança silenciosa
No rosto sombrio das águas
Nos caminhos das estrelas
No lago que contemplo,
As águas do lago são tão calmas
Aguardam a vertigem do vento
Para desenhar as paisagens movediças
Da tua face,
Onde procuro me ocultar
Para ver-te
Para diluir-me
No silencio dos teus lábios.