Preso a seu corpo preso a meu peso
preso a seu porto - meu endereço

preso a seu nome preso ao presente
a seu telefone - meu desespero

preso a seu ego preso a meu preço
ao que carrego e ao que careço

preso aos pesares preso aos prazeres
preso ao prosaico a pressões preconceitos

preso a prazos horários agenda
conta bancária - quanta corrente

preso a números e documentos
preso ao desprezo que sinto por eles

detento de tantos, exilado em mim mesmo
sou refém e carcereiro

tenho as chaves e as algemas
e entre grades que eu invento

me liberto
no poema
mas de ti...

sou prisioneiro.
Byülki
Enviado por Byülki em 27/07/2012
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