Teorema do Meio

E eu que me subjetivei
A renascer por ti

Agora decidi:
Vou objetivar-me:

Remorrerei...

O alarma da Alma soou

E acordei
De que eu não posso
Dar a ti

Para voar

As velhas asas
De cera e de sol

De Inti e de Abelha.

Ícaro vive...

E eu...apenasmente
De corda e casco de Charango
Bandoneón e tango
De arena e de sangre
Toureiros e nós
E aplausos à razão atroz.

Dedos erguidos para baixo:
Matem o sentimento feroz!

A orelha do coração sangrado
Hemofilicamente
E se precipitando
No colo de algum privilegiado
Da corte...

Desses que não compreendem o gado.

E eu...Ali...
Abanando o lenço negro da tristeza
Buscando um simples abraço
Um olhar
E o beijo mais puro
Que darei no futuro

Em alguma imagem

Que pra lá levarei
Deste ponto aqui
Do Universo Amoroso

De algum dos teus tus...

É que ao renascer para o Amor eu lá sabia
(Verdade da qual ninguém se separa)
Da distância vazia
Que une e separa
Nesta algaravia.

E que as noites são mais
Do que os artificiais
Vagalumes do dia...

E a tua vida pra mim
É a morte de mim
Pelo teu "todavia"

Mas enquanto viver
E puder renascer
Não te culparei...

Que o presente ganhado
Enfeitado assim
É o mesmo que dei
Por medíocre egoísmo
Pra voltar para mim.

Solamente para saber sobre o fim...

E para aprender o que significam
Os átomos de uma erva daninha
Como os da floração
Da vida minha

Além de morrer nos olhos
Dos "cegos"
E fazê-los ver
Que o contraste
É que faz lindo o mundo
Se não, bem lá no fundo

Quem perceberia a beleza
Do "sim"
Neste caos
Se não fôssemos nós:
Os "nãos"

Neste Universo
De tantos grãos?






















































 
Aldo Urruth
Enviado por Aldo Urruth em 26/07/2012
Reeditado em 04/06/2014
Código do texto: T3798727
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