A BEIRA DA ESTRADA
(SóCrates Di LimA)
Á beira da estrada olho o nada,
Dentro de mim vejo o tudo nela,
Minha realidade estruturada,
Na estrada que me conduz a ela.
Ä beira da minha estrada eu canto,
Ouço pássaros ao meu redor,
Como se eterno fosse o encanto,
No recanto de um sonhar maior.
Ä beira da estrada o tempo passa,
Nas asas de um vento forte,
Traz e leva a saudade esparsa,
Como a brandura do meu Norte.
É na estrada de Basilissa que me acho,
Me encontro e sigo meu horizonte,
No caminho do Sol despacho,
Os meus desejos do berber na fonte.
E se bebo a saudade em goles largos,
É porque o amor me embriaga,
Derrama dentro de mim os afagos,
Que Basilissa em goles minha saudade traga.