Falando em Poesia

Às canções da noite

Já estão em seus altares, navegadores,

Levando a mudos lares a trilha sonora,

À arca multiplicando tempos e templos

De um verbo acrescido de açúcar!

De um pequeno casulo,

A poesia ganha asas, lírios para os campos,

Linguagem para o labutar das nações

Unidas pela palavra, pelo corpo de desnudar

Em preitos, preces, lareira para aquecer!

Pena de escrever, tinta de desenhar,

Instrumentos simples que quando guiados

Com a alma, se imortalizam pelos lábios,

No gesto carinhoso de pele crua, ribaltas,

O som do vento, gritos pelo silêncio!

- Se hoje tu és o teu pranto,

Amanhã serás lágrimas estendidas

Sobre as linhas da esperança!

Das juras, lamentos raros,

Etéreos instantes ecoando por beijos,

Romarias que se brotam do amor,

Quimeras enraizadas no coração!

22/07/2012

Porto Alegre - RS