A VIAGEM

Ficou a quem da janela

O sonho, tão tristonho

Que morreu amordaçado

Sepultado acorrentado

Passam pela janela

O mundo, o moribundo

O gado represado

A dor dos desgraçados

Passarão pela janela

O perdão, na contramão

O sonho ressuscitado

De tristonho a felizardo?

Estará em frente à janela

Na estação, de coração na mão

A flor do meu amor

Liberta do rancor?