DESEJO
Meu desejo não se fez palavra,
Não se deixou ouvir.
Silenciou como corpo sem vida.
Tanta ternura guardada, ameaçada, enternecida.
Estopim de uma bomba querendo explodir...
Nesse estado amordaçado,
Frente ao templo do sofrer
À um anjo clamo um apelo:
Tanto desejo aprisionado
De tão antigo morre calado
Mas, antes permita vê-lo em breve renascer.