DESEJO

Meu desejo não se fez palavra,

Não se deixou ouvir.

Silenciou como corpo sem vida.

Tanta ternura guardada, ameaçada, enternecida.

Estopim de uma bomba querendo explodir...

Nesse estado amordaçado,

Frente ao templo do sofrer

À um anjo clamo um apelo:

Tanto desejo aprisionado

De tão antigo morre calado

Mas, antes permita vê-lo em breve renascer.

Néo Costa
Enviado por Néo Costa em 22/07/2012
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