POEMA
“POEMA”
Instiga e ao mesmo tempo fascina,
Manter a exata percepção das palavras;
Da indefinição que se agrava,
Com os argumentos e indagações,
A quem se deseja convencer.
Curiosidade e distância
São fortes instrumentos,
Que desafiam os sentidos
E que aguçam a imaginação
O tutor dos olhos,
É o corpo à frente
Tornando a busca pelo belo,
Um campo aberto
Paralelo à magia,
O vetor que revitaliza
O desconhecido,
Instintivamente descoberto
É natural, portanto,
Que se fantasie, amenidades,
Afinidades,
Que se introduzem novamente.
Cordialidade, jovialidade e beleza,
Estão incorporados ao desejo natural
Encorpados no que em geral,
Interiormente mantenedores
Dá-se amoral os precursores
Encontros imaginários são perpetuados
Na mágica daqueles que nos guiam
Nos momentos que ao longo da vida se adiam
Sem nunca se interromper
Concebem-se formas de postura intocada,
Completas de maestria
Onde desde já
Por analogia,
Por beleza apurada
Subentende-se e perturba
Ao lhe ser atribuída
Posto o desejo
O que era imposto,
Em tempo
Tornou-se imenso,
E ampliou-se
E o que fora incerto,
Tornou-se latente
E a fantasia por mais intensa
Tornou-se temente
Do real que jamais se supera
A condescendência inigualável
Sutileza desigual e inalienável
De uma tônica patente
Onde o mais que perfeito
Se rende em crônica
Mantendo o imponderável
O esplendor incontestável
Onde os braços de poesia,
Estendem-se insuperáveis!