A NAVEGAR...

Presa á garrafa durante milênios

minha alma atravessa

Imersa na vastidão deste

mar de impossibilidades

Direção, caravelas, anseio navegante

Irreais sensações... Dilúvios alucinantes...

E navega rumo ao ignorado à procura do

predestinado amor!

Gaivotas que sobrevoam

à ira de alteroso mar

pássaros perdidos na bruma

Em dias de grandes tempestades

Igualmente qual meu coração

com esta paixão desmedida e profunda

Ondas que transpõem meu

Pensamento

E dilacera as águas

Alma errante em desvario

Estrelas que nas madrugadas

rompe o silêncio anunciando

Palavras aos ventos sem nexo...

De um encantamento sem fim

A lua lança pingos de prata,

mas o mar chama a si o desencanto...

Nas minhas lembranças

momentos de um passado muito

distante na busca de um tempo

de irreprimível anseio!