MEU AMOR É ASSIM...
Nessa Bahia toda de meu Deus,
Já andei por plagas que nem me lembro mais.
Do recôncavo até o litoral, fiz minha procissão,
Fazendo promessas e oferendas, em igrejas e terreiros.
E onde estava você nestas minhas andanças?
Seguia seu perfume pelo ar, e às vezes tinha a ilusão
De lhe ver correndo pelas campinas.
Na chapada, você era o cerrado as cachoeiras,
Era as flores silvestres, o canto dos pássaros, a grama macia,
A densa nevoa da manhã, e o sol esparramado,
Nas copas das arvores fagueiras a darem sombra de bom gosto.
Comi poeira pelos caminhos, lhe procurei em cada cantinho,
Mas acho que você já tinha ido embora. Parei, pensei,
E já estava na orla de Salvador, (Sabe poeta como é!)
Vendo as ondas lamberem com suas espumas os
Desenhos feito pelo vento na areia que só me lembravam você.
Mas cadê você... Só sendo mesmo poeta,
Ou compositor de samba quem sabe, para viver assim!
Só lhe gritando das alturas, e depois deslizando como o condor,
Para lhe prescutar do espaço em uma ruazinha de um bairro qualquer.
Aonde esta você?
Como vai você?
Lhe chamo tanto e você não aparece,
Lhe quero tanto e não lhe tenho,
Porque lhe amo tanto sem você saber?
Salvador, inverno de 2012
Barret.