CLANDESTINO

Entreguei-me ao acaso de

minha condição de viver só

se o belo da vida desapareceu,

se nada mais encontro que possa

dizer com euforia, isto é meu...

Da alegria de um companhia

só resta na utopia das lembranças. Se

a tristeza toma conta de meus

pensamentos, ou mesmo de um sorriso

acanhado, tudo volta pra mim mesmo

não existe mais o reflexo desejado.

Não sei mais o que resulta um carinho,

uma conversa descontraída no

final da tarde, que bom seria.

Possivelmente continuaria aceso

o sentimento de nós dois, e

a vida teria sentido no agora

e nunca na saudade do depois..

Recostar em teu ombro

já esqueci no tempo as vezes

que tentei...e como relutei

em não querer sentir tua repulsa,

mesmo assim foram tantos

os desejos a reluzir esperanças...

Nossa história acabou,

saiu da memória,

ela foi arremessada em lugar

ermo, sem vida e esquecida assim

como eu, que vivo em meu abandono

solitário, e como gostaria de não

ser em tua vida um clandestino...

Wil
Enviado por Wil em 12/02/2007
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