Impotente

Sinto-me impotente, quando vejo que o

relógio do tempo, avança, avança

implacavelmente, me arrastando por uma

corrente que sempre vai, mesmo quando vem,

levando consigo as minhas vivências, deixando

comigo, apenas a nostalgia que me conforta.

Sinto-me impotente, quando vejo os céus, os

céus que me dão a liberdade de o contemplar,

mas impede-me de voar e viajar por ele,

desfrutando dos seus encantos.

Sinto-me impotente, quando vejo o mar, o

mar que pela sua grandeza, me ensinou que

a humildade não é uma questão de opção,

é a condição que nos é imposta.

Sinto-me impotente, quando vejo que a morte

é uma certeza que cobre a vida de incertezas…

incertezas de um amanhã que pode “nunca” ser.

Sinto-me impotente, quando sinto que eu poderia

ser alguém melhor, fazer algo melhor, mas sou

limitado pelos limites, que desafiam o meu

caráter… mas… eu posso,

Eu posso!

Nero
Enviado por Carlos D Martins em 20/07/2012
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