(foto by Sócrates Di LimA)
A FLOR
(SóCrates D LimA)
A flor que desabrocha,
No galho da árvore frondosa,
Como o litófilo na rocha,
Tem sua crassa beleza viçosa.
Flores de brannco marfim,
Na mistura do verde e o ouro,
No âmago de mim,
Basilissa é minha flor tesouro.
Quem coloriu as flores?
Que as pincelou os galhos seus?
Quem misturou tão bem suas cores,
Senão as mãos de Deus.
E a flor simboliza,
O amor na sua perfeição,
Tantas cores, tanto sintetiza,
As cores do coração.
E a flor se espelha nela,
Na imagem mais bela que há,
Como quem olha o jardim pela janela,
Galhos em pencas de maracujá.
E como tantas flores,
Como tantos perfumes,
Como tantos amores,
Tão fortes e sem queixumes.
Desenho e redesenho a beleza,
Em fotos que a natureza se espelha,
Meus olhos cm certeza,
Vê Basilissa nas cores de uma centelha.
Que pode ser na cor azul,
Derramada nas suas íris,
Nas asas da Arara no Norte e no Sul,
Banhadas nas demais cores do arco-íris.
A flor, azul, vermelha e multi color,
Delicada e bela não tem,
Basilissa é o meu amor,
Que pinto nessas cores, também.