Asas da liberdade

Vi umas poucas palavras voando,

Sobre os espigões da cidade,

Tinha partido de um coração bondoso

Que passara ali, naquele instante.

Puxei-as para mim,

Segurei-as em meus braços,

Pousei-as sob linhas tortas,

E revivi alegrias mortas

.

Admirei sua beleza como se minha fosse.

Agora, novamente assentadas,

Espero que não saiam da estrada

Dos sonhos rupestre dos toscos

Com a implacável marca do tempo;

De quem encarou o futuro distante

Com os verdadeiros laços perdidos,

É, pois, como o amanhã que avança

A passos lentos na estrada.

R J Cardoso
Enviado por R J Cardoso em 12/02/2007
Reeditado em 12/02/2007
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