Nostalgia
Olho por entre passos
O passado que ficou
Calado, talvez incerto
Lançado ao que diz ser amor.
Presente que desconheço
Sentimento que me consome
Boca que grita aos céus
Ainda por seu nome.
Não há apenas o belo
Nesse sentimento chamado amor
Por entre lembranças e desejos
Há de se sentir a dor.
E ao longo fui descobrindo
Deitada, sem destino
Que seus abraços me fazem falta
Que seus beijos dormem comigo.
Ainda deitada, refletindo
Num passado que não persistiu
Numa dor, num desejo, num amor
Que por vezes me consumiu.
Mas tão cedo adormeço
E nos meus sonhos o vejo, assim
No desejo de me querer
Na esperança de não ter um fim.
(Outubro de 2006)