Cores do Vento

Dentre um céu de brigadeiro

E um veio entre dunas aveludas, quero voar!

Do verso onipresente,

Quero a razão, a emoção da face

Escorrida de orvalho, entorpecida,

Cálida como a semente submergindo

Na terra sobre as águas do renascer!

Pela clarividência do colo anil

À solitude dos sussurros mesclando caminhos,

Fazendo o tempo parar, à lua brincar

E a pele soltar-se em seivas violadas de alfazema,

Mistificando cada cor flutuando pelo corpo!

Instruído a cá, pelas vozes do silêncio,

Navego à deriva da rosa dos ventos

Que nada me exige apenas me soletra

O próximo avesso etéreo por natureza.

Prosaico pelo que sente nas teias do desfrutar!

Seguindo o pulsar da dor, do meu pranto,

Das veredas embriagadas de amor,

Arremesso ao espaço o breu de cada estrofe

Sem poesia, sem fantasia...

Quero a força de um abraço, um beijo de chorar!

19/07/2012

Porto Alegre - RS