ELO ELEMENTAR
Perscruto a infalibilidade do caos
Sem sombra de sombrias sobras
Sóbrias interações em mim faíscam
Pela sórdida distância a nos separar
Gravito então em torno de teus eixos
Degredo assim todos os teus segredos
Abarcando toda a tua cosmogonia
A socorrer-me desta desabrida solidão
Dou-te alvíssaras por ouvir tua voz
E perco-me em teu pendular olhar
Este guerreiro em ti tão indômito
Sentindo em mim teu melífluo prazer
Teu intertemporal instinto indistinto
Insuflador de meu indomável desejo
Livrando-me da felonia do ocaso do acaso
Esse indefectível e crudelíssimo torpor
Na sinergia entre nossas obviedades
A grandeza eloqüente do que vai além
E que torna nosso elo assim inquebrantável
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