ESSE TEU AR VIRGINAL


Havia um certo mistério

que ia me

envolvendo nesta tarde

mais fria que quente...

já que eu te via quando

menos esperava ver-te !



Desatavam então esses

meus cordões

que mediam o meu e o teu

passado ignoto

já parecido a um uísque

envelhecido.



Mas você sempre será a

mesma mulher

esqueirando-se pelos beirais

de si mesma,

e revoluteando como uma

pomba cigana.



Nem sei onde está o teu

vestido branco

que antes te mostrava toda

ansiosa para o amor,

e uma paixão que nada

tinha de calmaria.



Onde será que pomos o que

não mais podemos pôr ?

Se todo o amor

mais parece um perfume

adocicado,

que destapado todo se

evapora?



Ah...esse meu amor clássico

e itinerante,

que nesta urbe deixa o meu

sentir todo

aturdido...cheio de vontades.



Hum..esse perscrutar...

de teu corpo morno,

no relembrar-te e te amar !!!

No esgotar-me de uma

luxúria pagã

que não é exatamente a

tua praia pois estás repleta

de estios e ocasos múltiplos.



No teu ensaio deste teu amor

farfalhante,

nem sei se me completo

como gostaria.



Ah...com teu ar de virgem...

vou pintar

um pouco essa minha vida.



De coloridos e doloridos modos...

certamente.



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Autor : Cássio Seagull em 18-07-12 SP

ca.seagull@hotmail.com

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