ONDE A SAUDADE NÃO MORA
(SóCrates Di LimA)

A saudade é um laço,
Que enlaça e não aperta,
É o elo  e o abraço,,
No coração do Eu poeta.

Saudade é sentinela,
Que desperta o amor distante,
É luz do luar na minha janela,
Com ares de amante.

A saudade se revela,
Nas vinte e quatro horas do dia,
Trazendo a presença dela,
Na ausência alegria.

A saudade é no verso da poesia,
Palavras que o coração entoa,
Vozes mudas da alma em euforia,
Que só se acalma quando a tristeza voa.

Saudade é a solidão do amor,
Que se faz distante do corpo e do prazer,
É navalha que rasga sem temor,
De sangrar o peito até morrer.

E esta saudade me pega,
E me conduz á vala da trincheira,
Onde na trégua espera na visão cega,
A chegada  dela trazendo sua bandeira.

Basilissa é a minha contínua saudade,
Cântico silencioso do rouxinol,
Que na janela com ansiedade,
Espera ser tocado com o raio do Sol.

Mas, pra nossa felicidade,
Está próximo o momento de ir embora,
Esta danada da saudade,
Porque Basilissa me espera ali do lado de fora.

É aonde está toda a nossa alegria,
No encontro do amor que comemora,
A união enlaçada na realidade e na poesia,
Na doce companhia, onde a saudade não mora.

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Socrates Di Lima
Enviado por Socrates Di Lima em 18/07/2012
Reeditado em 18/07/2012
Código do texto: T3784564
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