O MAIOR DENTRE OS AMORES

E lá vou eu buscando a direção mais ilusória que a razão já me ofertou

Tentando ser quem eu não sou, fingindo inutilmente com ares de indiferença

Vazio transbordando presença, um deserto que mente ao que lhe inundou

Condecorado pela guerra em que fracassou, caçado pelas sombras da carência!

Voando em céus de subsolo, correndo com velocidade paralítica

Pragmatizando uma realidade mítica, sacralizando o dantesco

Em vez de ar fresco, sorvendo e inalando a infelicidade crítica

Levando a paixão paleolítica, negando do meu hoje seu flagrante parentesco!

Prossigo em sacrifício que a todos faz feliz, só não a mim

Na alma um botequim, onde meu sonho me embriaga com suspiros

Tiros de tristeza me alvejam, mas nenhum deles inofenso qual festim

E uma nova flor brotando no jardim regado a cada um de teus sorrisos!

Pois o amor maior que há é este emudecido nas canções da solidão

Ele não pode ser paixão e o sonho veio ao mundo para ser sua fronteira

Em sua estrada desprovida de poeira ele é guiado pelo sol da ilusão

E ainda que seu toque seja só fascinação, sua emoção é pura e verdadeira!

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Reinaldo Ribeiro - O Poeta do Amor

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Reinaldo Ribeiro
Enviado por Reinaldo Ribeiro em 18/07/2012
Reeditado em 18/07/2012
Código do texto: T3784411
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