CORPO SEM DONO

Raios de sol

Atravessam a fresta de janela.

A manhã é linda!... clareia o quarto,

Inundado de uma alegria singela.

Um corpo adormecido,

Semi-nu, permanece inerte na cama

Parecendo querer jamais acordar.

O silêncio é tudo ali. Ninguém chama.

A orgia da noite o cansou,

Deixou-o embriagado de tanto prazer,

De tantas carícias... em apenas um ser.

Foi mais uma noite,

Uma noite como tantas... com tantos...

Tantos outros corpos que surgiram,

Que devoraram esse corpo com sono,

Apenas um corpo sem dono.

Moacir Rodrigues
Enviado por Moacir Rodrigues em 18/07/2012
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