QUANDO A SAUFDADE APERTA
(SóCrates Di LimA)

Quando a saudade aperta,
Feito couro moralho ao Sol,
Na certa,
Faz nublado o arrebol.

Não chega a ser tristeza,
Nem nostalgia,
É o amor em destreza,
Que não se entrega a melancolia.

Ah! Quando a saudade aperta,
Só por Deus,
Dá uma vontade de seguir a seta,
Que indica o caminho que o amor escreveu.

E hoje a saudade apertou,
Arrochou,
Esfregou,
O coração bagunçou.

Ë ruim, mas, ta bom,
Melhor assim,
Esta saudade traz o tom,
Do azul e amarelo dentro de mim.

Então suspiro aliviado,
Ao falar com Basilissa logo cedo,
Afugenta este aperto danado,
E me faz cantar num doce enrredo.

No guarda-roupas a mochila,
Pronta pra zarpar,
Quando o abro, ela se joga em meus braços intranquila,
Perguntando se vai demorar pra viajar.

Sorrio pra ela e peço que não se avexe,
Fecho a porta e a acomodo ali dentro,
E a saudade loucamente mexe,
Se agita e se prepara para o encontro.

Quando a saudade aperta,é ela,
Que chega e não tem jeito,
Melhor é ir ao encontro dela ,
Levando todo o amor que tenho no peito.




 
Socrates Di Lima
Enviado por Socrates Di Lima em 17/07/2012
Reeditado em 17/07/2012
Código do texto: T3782207
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