ESCREVO-ME
Vem amor de muitos feitos
Dê um jeito no meu jeito
Arranca à força meus defeitos
Tenha dó
Dá amor solto que mereço
Sem ter fim, mas só começo
Por paixão não tem apreço
O coração só
Embale a vida com teus hinos
Não dê ouvidos aos desatinos
Do coração ermo e peregrino
Da alma em pó
Atende a voz que a ti clama
Pede amor mas nunca ama
Sem piedade me esgana
A garganta o nó
Coração só
Da alma em pranto tenha dó
Da garganta desfaça o nó
E que o amor não acabe em pó