O QUE SINTO...
Sinto uma agonia sincera por você que é no sorriso como a primavera ao florescer!
Na tua ausência só há inverno em mim...
Sinto o palpitar do gênio quando lembro teus olhos moços,
teu corpo aquecido por desejar-me na intensidade mesma...
Ouço, mesmo no silêncio de agora, sua voz, sua respiração, seu dizer amoroso ao meu ouvido, bem pertinho, transcendendo-me a bela excitação poética...
Há tanto que ficou de nós em nós que o tempo não terá coragem de apagar...
Ah, minha flor do campo! Sou o colibri apaixonado, sedento por
teu perfume...
Vivo a ansiedade de ti beijar...
Por ti sou capaz de tantas coisas na doçura do amor...
Não; eu não sei compreender teu olhar na distância do meu...
Para mim, tudo isto é um sonho, e eu quero acordar pra escutar tua voz no meu ouvido...
Sem ti, vivo sem vida, peregrinando sem rumo, perdido em dias comuns...
Ah, o tempo de viver é tão breve!...
Sinto que as brevidades sem ti vão me afastando a beleza do verso, encerrando-me a poesia...
Sem ti, sou incompleto.