ÊXTASE DE AMOR 

(Regilene Rodrigues Neves) 


O amor deita na cama dos sonhos
Despe a paixão nua de desejos
A língua nos lábios seduz
Feiticeira provoca o beijo
Que desnuda os segredos do teu corpo
Entrega-se em volúpia dos sentidos
Tem sede de vontades que se assanham na pele

Os poros emergem o suor lascivo da carne
Um frisson de carícias entorpece
Na mão que dedilha os contornos da tua virilidade
Teu sabor transpira e me delicia o corpo
Minam gotículas de prazer
Que molham a gruta que se abre a tua espera...

Os caminhos têm rastros de pólvoras
Pronto a explodir em convulsão da excitação
Dos lábios que me exploram...
Duas taças se erguem intumescidas de desejos
A língua desliza contorna a aureola que se inflama
Acende chamas em êxtase profano

De dois corpos numa troca insana de amor
Procura mistérios sons surdos de almas afins
Cujo silêncio é a música solta
Do gemido dos meus lábios
Sussurros que provocam em ti
Estímulo voraz de paixão!

Sedentos percorremos campos minados
Até esgotar a fonte de todos os segredos
Suave e gentil de carinhos atingem o êxtase da pele
Que emergem numa erupção adormecida
Acorda o vulcão extinto nas montanhas
Traz lavas que espalham
Êxtases de amor pela noite febril...

Na queima de desejos
A lareira fora acesa
Lenhas queimadas
Crepitando o prazer
No deleite do amor!

Sonhou a furtiva quimera da paixão
Recompôs a noite sorvida na embriaguez da lua
Que gigante compunha a magia dos amantes
Estrelas caiam feito vaga-lumes piscando no longínquo
Tecendo de fantasias o amor...

A fascinação desenhou curvas
Românticas na madrugada
O amor fluiu da seiva dos desejos
Em êxtase de amor! 


Em 11 de fevereiro de 2007