Errante solitário

As sereias

decifram

lacunas

em meu peito.

A flor da noite,

despedaça

a magia secreta

dos colibris

adormecidos

no esquecimento.

No meio

das palavras,

ou quase-nada

as chamas

e cinzas

guardam

nossas desventuras.

Mar aberto,

memórias

de um errante solitário.

Cartas antigas

de uma viagem sem volta.

Nas entrelinhas,

ouço a tua voz

macia e aveludada.

Presença,

sons e brisa fresca.

Teu nome

vem cravado

nas rochas

do meu coração.

Triste

à procura

dos passos teus.

(Verônica Partinski)

Verônica Partinski
Enviado por Verônica Partinski em 11/02/2007
Código do texto: T377977
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