Errante solitário
As sereias
decifram
lacunas
em meu peito.
A flor da noite,
despedaça
a magia secreta
dos colibris
adormecidos
no esquecimento.
No meio
das palavras,
ou quase-nada
as chamas
e cinzas
guardam
nossas desventuras.
Mar aberto,
memórias
de um errante solitário.
Cartas antigas
de uma viagem sem volta.
Nas entrelinhas,
ouço a tua voz
macia e aveludada.
Presença,
sons e brisa fresca.
Teu nome
vem cravado
nas rochas
do meu coração.
Triste
à procura
dos passos teus.
(Verônica Partinski)