clichês
Meus lenções sentem falta do calor mas não da contradição que é ter você aqui...
tantas palavras que no final dizem sempre a mesma coisa
sem significado espontâneo, sem direções definidas
esse nosso amor...
mais duvidas que certezas...
e eu me sentindo afundando...
caindo num abismo obscuro dos teus medos
eu sei que me deixei levar...me deixei envolver por promessas não ditas
e vou remoendo fatos passados...
será que é mesmo nosso destino sermos infelizes?
estou acorrentada a rotina de te ter aqui
e me sinto sufocar de tanta magoa
mas são as flores que sussurram mentiras
são as flores passivas agressivas que colecionam nossa alma
num ciclo vicioso de nascer e morrer os botões
é assim no simples ciclo de vida que elas distraem nossa atenção
o que falta agora é a coragem de terminar o que já acabou
arrancar as raízes
e vou repetindo minha ladainha de sinos e tambores
continuo olhando para você sem ter noção do que se passa na sua cabeça...
seus olhos paralisados que não demonstram emoção
e eu perto de você enlouquecendo com a rejeição
a verdade vem com um raio que ignora os sentimentos
meu orgulho foi abalado...
as paredes são muito brancas!
e a pia tem muita louça...
mais um ataque de ansiedade e me falta ar
o melodrama do dia a dia me desgasta
você é melhor sem mim...
cheia de clichês e sincera me vou...