JURAS

“JURAS“

Juras de amor não são mais aquelas,

De romance e entrega,

De guerra entre a guelra e a ausência de ar,

Entre a pélvis e a falta que se movimenta,

Ao se indagar

Dúbia como a atmosfera vinda de lá,

Rubra como a conversa que identifica,

Que nutre a vigília de cá

Sentinela de dedo,

Guardião de aliança

Perseverança é uma herança,

Que mereço

Mesmo sem a esperança de dar,

Um tropeço...

A jura havia aparente

De ardor,

De pavor,

De uso,

De torpor,

Confusa é a penumbra

Sem conclusão,

Nula como o que de cá se anula

Dupla com indolência

De ferro que abrasa o tronco

Pelo suporte da carência

Truculenta que ainda agora

Sustenta o ovo e ronco

E todas as outras vivendas

De tombos

Difusa é a imagem do regato,

Pela pedra que se atira

Atrás, perdida,

Pela pele disposta,

Espartana e vencida,

Como o ouvinte que deixa de intuir

Que se deixa inspirar

Influenciar por mentes vazias

Cálidas, degelam as astutas lembranças,

Batutas de maestria ao som de um anel

Volte trama com suas juras,

Com a ruptura que provoca nas estranhas,

Com os corpos que atentos se curvam,

Que iniciam com alma

E ao fim se imploram

Não mantendo nem mesmo as promessas

De suas juras feitas com tanta preza,

Conjura a mim seu fim,

Que reza.

Que seu amor que me entregas

É um sim que não desconheço.

Omar Gazaneu
Enviado por Omar Gazaneu em 15/07/2012
Código do texto: T3778845
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