JURAS
“JURAS“
Juras de amor não são mais aquelas,
De romance e entrega,
De guerra entre a guelra e a ausência de ar,
Entre a pélvis e a falta que se movimenta,
Ao se indagar
Dúbia como a atmosfera vinda de lá,
Rubra como a conversa que identifica,
Que nutre a vigília de cá
Sentinela de dedo,
Guardião de aliança
Perseverança é uma herança,
Que mereço
Mesmo sem a esperança de dar,
Um tropeço...
A jura havia aparente
De ardor,
De pavor,
De uso,
De torpor,
Confusa é a penumbra
Sem conclusão,
Nula como o que de cá se anula
Dupla com indolência
De ferro que abrasa o tronco
Pelo suporte da carência
Truculenta que ainda agora
Sustenta o ovo e ronco
E todas as outras vivendas
De tombos
Difusa é a imagem do regato,
Pela pedra que se atira
Atrás, perdida,
Pela pele disposta,
Espartana e vencida,
Como o ouvinte que deixa de intuir
Que se deixa inspirar
Influenciar por mentes vazias
Cálidas, degelam as astutas lembranças,
Batutas de maestria ao som de um anel
Volte trama com suas juras,
Com a ruptura que provoca nas estranhas,
Com os corpos que atentos se curvam,
Que iniciam com alma
E ao fim se imploram
Não mantendo nem mesmo as promessas
De suas juras feitas com tanta preza,
Conjura a mim seu fim,
Que reza.
Que seu amor que me entregas
É um sim que não desconheço.