UM SUSPIRO

“UM SUSPIRO”

Ama-me como a um suspiro de ternura,

Ama-me como somente uma presença de alvura,

Consente...

Docemente se abriga no vento

E nunca se avisa

Sereno...

Ao deixá-lo ir ao lento

Relento...

Vagar pelo amor de quem se ama

Um suspiro que no coração habita

Calejado por tanto se iludir

Imbuído, saltita,

Confundindo-se com as coisas

Que se apressam

Sutis e mentem

Ressurgidas,

Amar é sua vida,

Em frente!

Um suspiro que se aquieta

Leniente

Pois fazem intuir

Brevemente

Por seu suspiro mais presente

Um suspiro ausente,

Reluzente,

Intermitente

Pelo o quanto que me sorris

E que ao me sorrires

Sou mais vivente

Repenso,

Retenho,

A felicidade...

Pela beleza mais bela

Que será e que se atesta

Para um dia

Que a entrega

Que em um dia se apela,

E que se nega por ti

A fugir-se ante a capela

E que se aperta

Ao apressarem a feras mais servis

A se tornarem reféns,

Docemente se atesta

A trocá-las por tudo que se quis

Como um suspiro

Que me encontra a face

Que me consuma, quem sabe,

Que age...

Quando o amor só nos faz repetir

Todas as formas e os meios de enlace

Que encarne...

Um retiro que privasse

Que amasse

E que repasse

O amor a todos

Seus compadres

Luz que não se repuxe

Em gotas pelo corpo

Que se abençoasse,

Dar-se,

Aos meus beijos

Que embute

O suspiro mais etéreo

Que retratasse

Minha forma mais feliz

Que nem mesmo entendo o quanto

Que engano, insano,

Por um suspiro mais que ardente

Eterno, verdadeiramente,

Eternamente,

Placidamente...

Em que amarei para sempre

E a mente desmente

E repreende

Que não te amo

E não desmente quando diz

Ser teu amor o meu amo

Porque demais te sente

E sente porque te amo

Eu que amo

Como um suspiro

Profundo...

Querida, eu te amo,

Fundo...

Quando retorna teu amor

Como um aroma

E um suspiro

Que me respira a face

E sempre te amarei

Porque revisto,

O tempo será eterno

Egresso e expresso

Em que só vem amá-la

Insano

Eternamente aguardá-la

E não mais dá-la,

A mais ninguém!

Leva-me em seus sonhos

Vigorosamente,

É medo,

E a dor do amor,

Só a mim,

Pertence

Quando é o medo

Que se repreende

Temo que me traga o amor

Daquela que só me prende

Incondicionalmente,

Incessantemente,

Que prezo a ela

Pela qual se depende

E se desmente

Minha vida

Para esta

Que tão só se sente

Crente se faz o suspiro

Pois é lícito

O amor

Que Omar,

Rende-lhe.

Omar Gazaneu
Enviado por Omar Gazaneu em 15/07/2012
Código do texto: T3778837
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