Mancha de caneta
A cadeira vazia balança...
balança. O chão reclama do
peso , mas nada pode fazer.
Por cima da mesa , belos sinais ,
esplendores sem fim. Papéis
amassados , pouco usados...
amores assim.
Uma mancha ali , outra aqui.
Não como um erro , mas belas
ideias. A caneta não conseguiu
se segurar e espirrou bruscamente.
Os respingos escorrem pelas
linhas retas e marcam com a
tinta viva.
Respingos , que juntos formaram
estrófes , e ao final nova vida podia
ser lida.