Amor e Ódio

No seio morno da loucura

Amores, ódio, se entrelaçam se juntam

E como redemoinhos alternam

Maldade e ternura

O brando e doce beijo

Vem seguido das mãos ásperas do desejo

Que rasgam as vestes com rudeza

E sem receio

A boca ávida e atrevida

Diz palavras de amor

Enquanto a carne comovida

Escancara-se e se abre em flor

Das tempestades ao orvalho

Da indiferença ao calor

Que levam o corpo ao êxtase

Envolto neste espasmo de ternura

Explodem milhões de fagulhas

Das seivas da dor e do amor

Explodem em retalhos

De um manto frio e sem vida

E por mais que chame, querida

Nunca será cobertor

alexandre montalvan
Enviado por alexandre montalvan em 14/07/2012
Reeditado em 22/07/2012
Código do texto: T3777750
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