SUAS ESTAÇÕES
“SUAS ESTAÇÕES”
Mesmo que todos,
Mesmo aqueles a que não ouço,
Mesmo que tudo se revolte,
Mesmo que tudo se afugente,
Mesmo que tudo se oponha,
Ante a tudo que se devote,
Eu consorte, te quero mais...
Que viver um momento
Em que tudo se controle
E se antecipe,
Ao que veio.
Mesmo que tudo seja imprudente
E morra
Para que no fim se ame;
Para que depois se renove
E se prove,
Do ouro mais limpo;
Mesmo que o universo se finde;
Mesmo que não mais se expanda,
Mesmo que se delimite,
Como o limite do purgatório
Eu simplório,
Amarei-te...
Mesmo porque sois...
Os meus dias de consenso
Para que depois
Morramos insólitos
Os sóis
De cada começo.
Eu te anunciarei
Visto que a ti,
Somente,
Pertence o meu amor
Ao sabor dos tolos
Que não se resolvem.
Quando eu me for
Quem sabe,
Poemas acalantaram casais
Violados a repensarem
No amor fraterno
Deletério dos que inerte
Eméritos, se erguem,
E se distanciam na dor.
Mesmo que por desgosto,
Mesmo que ignorem estar...
Mesmo que a contraponto...
É deles o mérito de se dar
Hão de repensar sendo tão moços
O fosso insosso
De cada dia incólume
Em que jovens
Buscam a presença
De se encontrar
Vigilantes de suas vontades,
Viajantes,
Não buscam idade
Apenas são resolutos a quem lhes olhar.
Mesmo que a vida
Transborde o dissabor
Instigando a tudo
Ícones não hão de dizer de novo
Que sou como,
Um conto...
Que se quer referendar.
O verdejar de tua vida
Em vida habita
Para que nunca se diga
Que não foi dela
O porque de tanto se amar
Tão fresco e por definição,
Tão secular,
Tão seco
Quanto o lábio que não se pôde beijar
Lamento de dias
Tão feios
Dias de sol,
Tardes de lua,
Flores a abraçarem
A confraria dos azes
Em que suas mãos
Nos tornam pares
Em galhos que se dão ao vento
Terra que se impregnou
De doação, de oásis,
Em galáxias que chegaram tão cedo!
Devoção de um solado
Que acomete o solo,
Agarra-se a ele
Como se disto,
Dependesse sua sustentação...
Com a garra da fruta que se contrai
Quando se entrega em alimento
Acalenta para ela
Viver em suspenso
Para o seu prazer
E para que se torne seu ator.
Mesmo que dela
Só se viva
Um dia do amor
Sem comedimento
Minha voz há de compor,
Um concerto
Em que a vida para ti
Chamar-se-á de amor!
Eu agradeço a ela,
Que sela,
Minha convivência...
Minha vivência,
Com a incidência
De todo o amor.
No que te vejo
Cedo todos os meus males
À carne que se renova
E inova ao se tornar cura
Eu te vivi antes,
Que aos seus pares;
Eu senti antes que aos cárceres
Ápice é ter-te livre
Agora,
Livre,
Mesmo que de tarde
Porque o amanhã se renova ao entardecer
E se comprova cedo,
Ao anoitecer,
Que se abre.
Pois daí se renova,
A porta
Para uma nova vida
Que caminha em teu sempre
Que vence ao vento
Que sabe
E que não teme,
Mais,
A janela que se prende.
Altiva não teme...
Mais que honrar a si mesma
Caminhando como o vento
Que traz em sua bondade o trinômio
Paz, alegria e felicidade,
Festiva de Festa
Para todos que a acompanharem,
E mescla ao cabelo,
Com o dourado
E tens a pele de pérola!
Todos os brilhos,
Todas as luzes,
Todo o frescor das rosas,
Todo o carmim,
Revezam-se para que se reencontre
No verão o frio do silêncio;
No outono o sabor do desejo;
Na primavera o desprazer da ausência,
De todo o perfume, que por mais que se use,
Embute...
O inverso de todo um lume
De estrelas que se incumbem
De retornar com toda a freqüência.
As estações,
Contradições,
Ilações,
Ações,
Sonetos,
Em que tens meu coração
A bater o som do teu nome,
A todo o momento!
A paz a invadir
Meus poros
Quando adormeces,
Em meu sono em que estás junto a mim.
Tua feição
Faz-me receber,
O damasco mais doce
Que o mel abduzido
Os fartos lírios
De tomar-te em meus braços
O suspiro,
Delgado,
E não mais calado
De seu amor revelado a mim.