Leva-me a Amar

O Cantarolar,

Vem dos bancos de areia

Sobre o azul da lagoa, lá onde a flor

Doou-se em pétalas para o deleite da lua

E o beijo de macular!

Sagrados sejam os seios desnudos,

Deixando no ar, botões que desabrocham

Pelo soar dos sinos, do gole bebido

Em versos, dos estros compartilhados no abraço,

Da vertigem do olhar pelo âmago!

Constituído pelo desejo,

Vejo do entrelace o abrir das grutas

Tomada pelas águas benditas do sonhar,

Acariciando veio por veio desta epopeia

Nítida nas estações d’alma!

Concebido entre o reverso paixão

E a sonata de amor, no chão de giz

Criou-se o poema... Leva-me a amar!

Das velas, pelas velas,

Quero o luminar das chamas...

Histórias que nascem e revelam-se

Pela pele de tocar!

13/07/2012

Porto Alegre - RS