NÃO ERA PRA EU FAZER ESSA POESIA !!!
A vida é assim mesmo
As tempestades passam
O sol surge de novo
Poeira assenta
Poeira nasce de novo
Na vontade de trilhar.
Um mundo de palavras
Senta e descansa
No tempo para prosseguir.
Na luz eu vejo
A dança de grãos de poeira
No silencio do relógio em seu tic tac
Eu medito cansado
Com o livro à minha beira
Que eu leio
Numa nostalgia se nome.
Quem me dera puder mudar
E andar sem nada me incomodar
Numa mente que nunca pára
Apesar dos relógios se emperrarem
Que surgiu quase do nada.
Das minúsculas partículas de pó no ar
Que a poeira assentou
Sem poder abrir os olhos
Porque o relógio parou
Que bom seria
Se o relógio parasse onde eu quisesse
Não era para eu fazer esta poesia não.