Era a tua alma!
Nos emaranhados de cores
essências e sabores
que escorrem deste sentimento
A pele tocada a delicadeza
com os dedos hábeis das palavras
que fremiam em beijos ardentes
enquanto quentes eram os desejos
Valentes e destemidos sonhos
que não se renderam as intempéries
da imensidão azul do tempo
e navegaram em águas distantes
em mares de sol a sal
em céus de luas... estrelas
em sensações que não se perderam
nas ilusões e ao vento
Pétalas e flores voavam
e os pensamentos eram o elo
a ligação dos anseios e das mãos
que sedentas trocavam carícias
ternas tocavam o rosto da poesia
Eram os músculos... nervos
... os corpos cavernosos
da alma do homem amado
que as minhas entranhas
úmidas e apaixonadas
tanto e somente desejavam
Entre as minhas pernas
as pétalas vermelhas de rosas
e os lençóis da minha cama
era a tua alma que eu desejava
Era a tua alma! A tua alma!
Que eu desejava!