frieza bela

Precursores da neve no sul do mundo,

Trombeteiam alto que sua ama já vem;

Um espetáculo belo pode estar vindo,

Mas nem todos haverão de achar lindo,

Pois a gélida espada pode matar alguém...

Atalaias de ventura bradam seus, vivas,

A carruagem real já desponta na curva;

Morosa espera pisa degraus do patíbulo,

Enquanto oferta seu adorno o vestíbulo,

E o fado filtra última pipa de água turva...

Sinais de fumaça dizem: a guerra acabou,

E peles vermelhas, deixam esconderijos;

Enquanto o pajé conserta braços feridos,

Esqueço os bravos que foram perdidos,

Com os vivos ao alento vindouro me dirijo...

A beleza fria como a neve, a indiferença,

Castigou muito esse pobre morador de rua;

Ai o amor legou um chalé com calefação,

Virou bela a frieza que castigava então,

Enfim, faz sentido, o flutuar da alvura tua...