Devaneios de Outono

Sonhos apedrejados em minha inconsciência

Por devanear in natura cenas de pornô,

Foi a mão de minha mulher que entrou

Exigindo que eu capitulasse de minha indecência.

Como desvendou ela o que para si era traição?

Invadir paragens oníricas de outrem é crime...

Na verdade é no sonho que o ego não se reprime,

Pois a censura é livre para fomentar-se qualquer situação.

Receio atroz de dormir ao seu lado eu tive

Porque a madame passou a monitorar os declives

Que meu corpo fazia durante o sono...

Como esposa apaixonada seu ciúme cessou

Quando lhe disse eu ser ela o único amor

Que povoa meus devaneios de outono a outono!

Ivan Melo
Enviado por Ivan Melo em 12/07/2012
Código do texto: T3773517
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