*Livres para sonhar!*
Livres ao amor assim que queiras,
Ser meu sol aquecido à morada.
Ser a água a correr nas ribanceiras,
Refletidas quando dizes: Minha Amada!
Tua pele que se banha quando esgueiras,
No profundo do meu toque de aconchego.
Tênue sombra como folhas das palmeiras,
Como pouso dos meus olhos no teu beijo.
Só percorro se me chamas em tormento,
A saudade que atravessa nosso olhar.
Se te inflamas é na grama que me deito,
Somos dois pequenos loucos a sonhar.
Esse amor de razões se fez mistério,
Que o tempo insufla os veios e edifica.
Marca grave no semblante sempre sério,
Uma esfinge do saber ainda enigma.
Canos, 10 de fevereiro de 2007/RS