A M E D I D A D O A M O R

Já diz o ditado:

A medida do amor é amar sem medida,

e o que dizer de uma vida,

Uma vida sofrida;

Tanta noite mal dormida,

De chegadas...

De partidas...

É o desgaste da vida,

De uma vida a dois.

Já, outras vidas,

Tão bem divididas..

Porque não, bem vividas,

Sem mágoas:

Repartidas..

Ousadas...

Sentidas...

A contento,

Como exemplo pra nós.

Um amor espontâneo,

Cultivado...

Regado...

Não se encontra fácil:

Quem será o culpado?

Sou eu? És tu?

Ou seria o modelo adotado,

Hoje, no mercado,

De amar e ser amado?

De fato,

Não há mais encanto;

Quebrou-se o cristal,

Ninguém aprende...

Ninguém mais ensina...

Já virou rotina,

Se sabe mesmo

O que é namorar?

Ai! Deixa a vida rolar!

Uma coisa é verdade,

Chega dar arrepio:

Quanto peito vazio,

Meu deus quanto amor

Deixado de amar!

E o barco da vida,

Sem leme, sem vela,

Em águas profundas,

Sem ninguém a remar.

Ailton Clarindo
Enviado por Ailton Clarindo em 11/07/2012
Código do texto: T3773149
Classificação de conteúdo: seguro