A M E D I D A D O A M O R
Já diz o ditado:
A medida do amor é amar sem medida,
e o que dizer de uma vida,
Uma vida sofrida;
Tanta noite mal dormida,
De chegadas...
De partidas...
É o desgaste da vida,
De uma vida a dois.
Já, outras vidas,
Tão bem divididas..
Porque não, bem vividas,
Sem mágoas:
Repartidas..
Ousadas...
Sentidas...
A contento,
Como exemplo pra nós.
Um amor espontâneo,
Cultivado...
Regado...
Não se encontra fácil:
Quem será o culpado?
Sou eu? És tu?
Ou seria o modelo adotado,
Hoje, no mercado,
De amar e ser amado?
De fato,
Não há mais encanto;
Quebrou-se o cristal,
Ninguém aprende...
Ninguém mais ensina...
Já virou rotina,
Se sabe mesmo
O que é namorar?
Ai! Deixa a vida rolar!
Uma coisa é verdade,
Chega dar arrepio:
Quanto peito vazio,
Meu deus quanto amor
Deixado de amar!
E o barco da vida,
Sem leme, sem vela,
Em águas profundas,
Sem ninguém a remar.