AS PROMESSAS
“PROMESSAS”
De que valeram
As promessas que nos fizemos,
As sentenças que nos quisemos
A vivência em que nos tivemos,
Em noites e dias de sonhos
Em luas em que contamos
O passar do verão ante a primavera
De olhares por demais vistosos
De que valeram
As sortes nos jogos
Que nos fizeram fustigar
A cada dia mais
Torna-nos mais dengoso
Nos arroubos dos descréditos
Em que nos teríamos
Velhos contos arenosos
Ainda mais depostos
O sorteio
Os nomes,
A loucura das foices
Em que se some
A partida de um Adeus
Facial,
Ditatorial,
Como sonhos
Que por fúria se quebrem
Eu quero que me tomes
Em mãos de aço
Em deixar-se a vida
Em passos cautos
No amor que se preserve
No sabor que não se esconde,
Que desconte
Em que não se prescinde mais
Da falsa imagem,
Postagem,
Em medos de homem
Em tombos em quem lhes tomem
Arbitrar a saída
As promessas vividas
Que em vão se conte
As promessas aos seus
Que não houvesse
Tão formosa partida.