CARTA AO MEU AMOR

“CARTA AO MEU AMOR”

Dominas, Minha Querida,

O que tanto clamo...

Que proclamo como minha

Remanso, que me anima...

E que não me faz nulo

Para que sinta,

Por todo momento...

O preceito

Da ação que sela nosso amor

E que se aproxima...

Que consome meu corpo

Que convento,

É clausura

Que abertura,

É pura

Música...

Que comunga...

Pois o amor assim se julga

Porque te recebo como todo consenso

Que se alcançaria

Que exorta

E que ativa

À ira

Que me atira

Para um mar de vida

Onde não venço

O tormento de alma

Que o oceano habita

Pois neste momento,

Tenho-me incapaz,

Infame

Ao estar distante

Neste errante instante

Privado...

De sua companhia

Como um lume de estrelas

Perdido

Com a chegada de um novo dia

Surgido!

Deus:

Lanço-me a todos os seus mundos

E entrego-te os dias

Que são seus

Todos eles!

Meu Anjo,

De nada vale

A luz das estrelas

Se vê-las

Não me atrai mais

Que inalá-las

Ao frescor das brisas

Em que vinhas dos campos

Em que recebes paz!

Se lida

A amar para o encanto

Para um amor que de tão doído

É prazer que não estanca mais.

E quando o desespero se ausenta

Minha crença é que minha vida,

Não me permite mais...

Que não adorá-la,

Que não vigorá-la,

Para que não haver

Que não ver seu amor,

Por meus olhos, nada mais!

Somente um só dia

Em que não te queira

E não te presencie

Mais e mais...

A vida novamente me cegaria

Para um descampado sem paz.

Amo-te tanto para um amor

Imputável

Consubstanciado

Imaculado

Concretizado...

Para um mundo...

Que corrompido

É regenerado

Para que os incautos

Tornem-se cultos

Para que reposto,

Seja virtude

Para que proposto

Seja edificado

Para as riquezas

De um coração

Que se cativa

Que com tanto convívio

Convido à ruína

A desfazer-se

Para um céu mais perene

Os atormentados

E seus amantes

São calmos

E retirantes

Para o tempo de antes

Em que se tinham o amor

Que representem

O regozijo

Pois seu ruído

É rústico

Como a ventania

Que acarinha os galhos

Que acaricia junho

Para um fim de outono

verdejante

Não há mais caminhos em minha vida

Que não rumem aos seus braços

Que não imputem em incutir

Meu lado amoroso,

Em que ouso

Gritar de dentro de meu calabouço

Chamando Suhailah como minha!

Para que se finde o meu desgosto

Que se acabe

No mais tarde de agosto

E setembro há de levar-me,

A quem quero demais.

Para que se recite a gosto,

O confronto,

Regrado para um só beijo

Daquela que espera

Seu garboso rapaz.

Para um recado

Onde aja um presságio,

Afável,

Para um final que não se retoma mais

Para que me reencontres pela manhã

E nós, juntos,

Renasçamos em cada um de nós

Munidos...

E sem reprimendas

Pelos percalços do amanhã

Para que múltiplos

E súditos,

Sejamos os cortesãos

Dos que no futuro se amarão

Para que eu possa honrar-te

E amar-te

E que para a vida,

Não me feches mais!

Pois nosso amor há de viver,

Ao tempo;

Há de corromper o medo,

Até extingui-lo!

Há de tornar as pessoas mais condescendentes,

Coniventes,

Para as belezas

Que a vida, a cada dia, nos dita...

E que ignoramos

Em nossa insensatez

Que era ferina,

Antes de nos encontrarmos.

Todos os sóis de todos os mundos;

Todas as galáxias,

Que ouço surdo

Quando uma estrela se afasta

E sua luz já não mais existente

Diz-se persistente

Não mentes,

Ao enaltecê-la

Porquanto que são,

Todas suas!

Pois não há de se conhecer

Criatura mais bela;

E há de se convencer

A criatura mais cética

Que é do mais puro mel

Os tenros olhos de Suhailah,

Voltados a mim;

Que não exista algo

Que por nada se aquieta

Que não se resista ao fato

Ao qual se apela...

Intruso,

Foi meu destino

Que de forma grande eloqüente,

Compôs-se em sentinela,

No que se revela

Porque amo assim,

Quem me é efeito de primavera

No verão de seu país

Que por ti,

Passei a amá-lo!

Capaz de amor,

Em que me encontro

Retornar-me pelo gosto

De jogar-se a moeda ao poço

E pedir àquela

Que é minha eterna menina

Para comigo,

Em seu coração

Deixe-se ficar.

Omar Gazaneu
Enviado por Omar Gazaneu em 10/07/2012
Código do texto: T3770463
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