ESQUECER DE TI
“ESQUECER DE TI”
Esquecer de ti,
É deixar de viver
É entristecer o tempo,
É apartar os desejos,
Dos arroubos de conquista
É perder-se em saídas
Em que se avista,
Um viver de medo.
Esquecer de ti
É o rir mudo,
Enluto de um verão
Sem um sol que lhe tenha apreço;
Que lhe tenha apego
E que lhe faça solo
Para que realce um arco
Em que a íris lhe salte os olhos,
Para os trópicos
Em que se tenha o amor,
Conclamado!
Esquecer de ti
É navegar os sonhos impróprios
É ser nativo e infindo
Para os sonhos mais impronunciáveis,
Como os devotos
Que não tem no ódio,
O óbvio dos que choram cedo.
Esquecer de ti,
É se perder em ócio
Em que todas as buscas
Tornam-se nulas,
Pelas culpas,
Que se apanha em colo.
Esquecer de ti
É viver a morte;
É não mais se querer a sorte,
É se deixar ao norte
Como se forte,
Fosse aquele,
Que não te pudesse querer
Esquecer de ti,
É se deixar pobre,
Abastado de uma fúria altruísta
Ao passo que relembrar que te amo
E que te amarei pela vez
Em que me dissestes,
Primeiro,
Que serei eu,
Seu companheiro,
E seu contumaz consorte.
Para que a vida me prove
Que não se escolhe;
Que outra coisa a mais,
Não se opte,
Que te amar,
Por inteiro.