ESQUECER DE TI

“ESQUECER DE TI”

Esquecer de ti,

É deixar de viver

É entristecer o tempo,

É apartar os desejos,

Dos arroubos de conquista

É perder-se em saídas

Em que se avista,

Um viver de medo.

Esquecer de ti

É o rir mudo,

Enluto de um verão

Sem um sol que lhe tenha apreço;

Que lhe tenha apego

E que lhe faça solo

Para que realce um arco

Em que a íris lhe salte os olhos,

Para os trópicos

Em que se tenha o amor,

Conclamado!

Esquecer de ti

É navegar os sonhos impróprios

É ser nativo e infindo

Para os sonhos mais impronunciáveis,

Como os devotos

Que não tem no ódio,

O óbvio dos que choram cedo.

Esquecer de ti,

É se perder em ócio

Em que todas as buscas

Tornam-se nulas,

Pelas culpas,

Que se apanha em colo.

Esquecer de ti

É viver a morte;

É não mais se querer a sorte,

É se deixar ao norte

Como se forte,

Fosse aquele,

Que não te pudesse querer

Esquecer de ti,

É se deixar pobre,

Abastado de uma fúria altruísta

Ao passo que relembrar que te amo

E que te amarei pela vez

Em que me dissestes,

Primeiro,

Que serei eu,

Seu companheiro,

E seu contumaz consorte.

Para que a vida me prove

Que não se escolhe;

Que outra coisa a mais,

Não se opte,

Que te amar,

Por inteiro.

Omar Gazaneu
Enviado por Omar Gazaneu em 10/07/2012
Código do texto: T3770456
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