A Sonhar

Altas horas...

Um guarda noturno dá sinais de ronda, lá fora...

Meu corpo implora por repouso

e a alma desperta, quer dançar...

Que entende a alma dos limites do mundo?

Quem ou o que poderia aprisioná-la?

Viaja entre as vagas

levita, em mil sagas,

me impede, dormir...

Não posso argüir...

Deixo-me absorta

nada mais importa.

Deixo-me ao luzir

do abajur, silente...

Rio calmamente

não resisto ao fado

de muito bom grado,

me deixo a sonhar...

ANA MARIA GAZZANEO
Enviado por ANA MARIA GAZZANEO em 07/07/2012
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