Colheita
Beijo-te duas vezes ao dia:
Ao deitar-me profundamente enamorada
E ao levantar-me após extensa madrugada
Sonhando ainda com tua fisionomia.
Sei que da moldura não sairás
E ao teu sorriso dedico meu pranto,
Os dias que passam me consomem enquanto
Meu amor cresce sempre mais e mais...
Por que tanto sofro por ti que já partiste ?
Por que este amor em devorar-me insiste ?
Não sei, é como se ainda tivesses vida...
Entendo agora que jamais poderei te esquecer,
Deixaste dentro de mim uma fagulha do teu ser
Em quem perceberei tua presença assaz refletida !