"Dores e Encantos do Poeta"
Dói-lhe a falta de beribás , vertentes, abio, cajá
mãos e tintas libertas de qualquer luz
formatamento da incoerência em ciência
fotossínteses sob pés de manacá.
Dói-lhe ver a verve capada
se a puros e cubistas difere
o cerne de sua bafagem
de vulgos, tosco é julgado
arriada é toda a sua bagagem.
Espoliado o poeta re-volta, seu fado
feitiço no berço inoculado, volta
aos pés do manacá encantado, Parnaso
e recomeça a prosear...
Soaroir Maria de Campos
(nº 23 da Ciranda "amoremversoeprosa.com")