Momento Inefável
Chora um inocente. Ávidas mãos levantam
Saber mágico de mãe. Intuito! De o próprio ser
Pequenino, atento para os coloridos
Que o vento abana, estimulando
Aos olhinhos meigos em cena.
Dóceis e suaves sorrisos.
Eis que em sua frente surge o alimento
Sustentando o corpo que já dorme
Sem entender a razão da vida
Da alma presente que clama
Para que não sejas nunca!
Digno de pena!
Cuidadosamente é posto ao berço
Fecham-se as cortinas, desce o véu.
A canção de ninar traz o silêncio
Uma oração sobe ao céu
Um anjo sonha!