Treze Meses

Cada lâmpada acesa

simula uma estrela próxima.

Um antigo bolero

canta as dores de amor

que povoaram vestidos dourados

e os ternos surrados,

dos tantos desencontros.

Tristes homens conduzem

melancólicas mulheres

pelo cinza da tela.

E bailam vidas sem sentidos

em trôpegos passos caídos.

Á lágrima que não seguro

percorre sua via, mas talvez

regue alguma promessa

e sonho que treze meses

serão duros arneses

que haverão de resistir

à insensatez de não deixar

a vida nos sorrir.

Para Cristina,