QUEM SABE?
Durval Carvalhal
Quando o sol desponta
No infinito azulado,
Imagino-te acordada
Olhos serenos
Cabelos revoltos
II
Recordo-me das noites
Bem dormidas,
Corpos entrelaçados
Em voluptuoso
Formato de um só.
III
Agora,
Sou presente tristonho
De um passado feliz
Que passou
Mas não perdurou
Fazendo-me infeliz.
IV
Meu coração dilacera
Quando fico a lembrar
Tua partida maldita
Decidida
Pra não mais voltar.
V
Mas um dia
Quem sabe,
Lá no porvir,
Voltemos ao passado
De ternura e amor?
Quem sabe?
Quem sabe?
Quem sabe?