Maldosa

Olha, insistiu, caiu

No breu da boca

Tão sonsa amante

Errante do que não era teu

Nem foi, passou, roubou os teus ninhos

A beira do caminho ficou, ousastes,

Pensastes, orasse, que a sina tão limpa

Vivida, menos um talvez

Sem vez, sem hora, e agora?

Choras a lembrança

A ausência

Que ali selei.

Maldosa, ingrata do destino que era meu, ao teu

Colapso, um choque, sem multas, sem tréguas,

Um verdadeiro um de dois, dois de um

Sem vez, senhora, e agora?

Lucas Alves de Araújo
Enviado por Lucas Alves de Araújo em 05/07/2012
Código do texto: T3761891
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