Maldosa
Olha, insistiu, caiu
No breu da boca
Tão sonsa amante
Errante do que não era teu
Nem foi, passou, roubou os teus ninhos
A beira do caminho ficou, ousastes,
Pensastes, orasse, que a sina tão limpa
Vivida, menos um talvez
Sem vez, sem hora, e agora?
Choras a lembrança
A ausência
Que ali selei.
Maldosa, ingrata do destino que era meu, ao teu
Colapso, um choque, sem multas, sem tréguas,
Um verdadeiro um de dois, dois de um
Sem vez, senhora, e agora?