Águas para o Amor de Amar

Para os cisnes do estrelar

Água de beber, vento de voar!

Esperando que a folha do rabisco se faça

Deleitando paixão que flama do peito,

Do relicário que se abre ao templo!

Do visionário tecer dos verbos,

O quiçá se completa do harpejo

Ao lacrimejar da vidraça, acomodando-se,

Por linhas e o beijo escarlate incôndito

Na voz trazendo do colo, searas do pôr do sol!

Incondicionado ao reflexo, ao tênue do estreito,

Almejo de cada toque, um brilho, um afago, o aconchego

De auras e canduras voejando em suspiros,

E a estrela despontando no raiar da noite, caminhante,

Como a rosa adormecida sob um céu de fantasias!

Abraçado a linguagem de sonhar,

Deixo que chuva regue meus vales da dor

Entregando aos moinhos de arroz,

Meu verso, meu cedro, meu credo do amor de amar,

Sendo parte, sendo inteiro, sendo um passo de cada vez!

04/07/2012

Porto Alegre - RS